Bolsa Família freia alta na desigualdade, afirma o IBGE
Bolsa Família freia alta na desigualdade, afirma o IBGE
Um estudo recente do IBGE revelou que a ampliação de programas sociais como o Bolsa Família teve um papel crucial em conter a desigualdade de renda no último ano. O Índice de Gini, que mede essa desigualdade, permaneceu estável em 0,518, comparado ao ano anterior, indicando que a concentração de renda não piorou. Isso se deve, em grande parte, ao aumento da proporção de domicílios beneficiados pelo Bolsa Família, que atingiu um recorde de 19% em 2023.
Embora o Índice de Gini ainda seja o mais alto da série histórica, é importante notar que sem levar em conta os benefícios dos programas sociais como o Bolsa Família, o índice teria aumentado. Houve também um aumento significativo no rendimento médio domiciliar per capita, impulsionado não só pela expansão do Bolsa Família, mas também pelos benefícios previdenciários e pelo crescimento do mercado de trabalho.
Nordeste se destaca com número elevado de beneficiários do Bolsa Família
A pesquisa revela que as regiões Norte e Nordeste experimentaram a maior redução na desigualdade de renda, atribuída principalmente aos programas sociais e à melhoria do mercado de trabalho. Entretanto, o Nordeste ainda lidera o ranking de desigualdade, com a Paraíba no topo.
O estudo também destaca que os programas sociais do governo foram cruciais para elevar o rendimento das camadas mais pobres da população, com um aumento de 12,6% no rendimento médio mensal real per capita dos 40% mais pobres. Apesar desses avanços, o rendimento ainda é relativamente baixo, com os 5% mais pobres ganhando em média R$ 126 por mês.
Além disso, as famílias brasileiras conseguiram superar o nível de renda pré-pandemia, alcançando um novo recorde. A massa de renda domiciliar per capita aumentou em 12,2% em relação ao ano anterior e ultrapassou em R$ 49 bilhões o nível de 2019.
A pesquisa também mostra que houve uma recuperação no rendimento dos trabalhadores com ensino superior, impulsionada pelo crescimento de setores como serviços financeiros e administrativos. No entanto, a desigualdade de renda ainda persiste, com os 10% mais ricos experimentando um aumento maior no rendimento em comparação com os 10% mais pobres.
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