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Presidente do Banco Central voltou a falar em reduzir o ritmo de cortes da Selic

Presidente do Banco Central voltou a falar em reduzir o ritmo de cortes da Selic

By: Fabio Lucas─ 22.04.2024

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reiterou nesta segunda-feira, 22, que devido ao cenário de incerteza, há agora diversos cenários possíveis para os próximos passos do Comitê de Política Monetária (Copom).

Se a incerteza diminuir, voltamos para a forma de atuação que tínhamos começado. Outra forma é o aumento da incerteza ficar mais tempo e criar ruídos crescentes, então teremos que trabalhar como seria o ‘pace’ [ritmo], teríamos que diminuir o ‘pace’”, afirmou o presidente do BC, em participação em evento da Legend Capital, em São Paulo.

Campos Neto enfatizou que a visibilidade dos próximos passos do Banco Central aumenta a eficiência do canal de transmissão da política monetária, mas ressaltou que isso deve ocorrer apenas quando há uma clara visibilidade.

Ele explicou que tentar fornecer visibilidade em momentos de incerteza pode resultar em orientações que precisam ser alteradas posteriormente. O presidente do BC reiterou que a decisão de reduzir o guidance de duas para uma reunião foi motivada pelo reconhecimento de maior incerteza na conjuntura atual. Ao discutir os cenários possíveis, ele destacou a intenção de proporcionar maior transparência à política monetária, enfatizando que, devido à incerteza, não é possível fornecer um guidance definitivo.

Campos Neto reiterou que o Banco Central só intervém no câmbio em caso de distorções de mercado, não em resposta a mudanças nos fundamentos que afetam o valor do real. Ele enfatizou que se houver uma percepção de aumento do risco, isso será refletido no câmbio.

O presidente do BC alertou sobre os riscos de intervenções excessivas, que podem elevar as taxas de juros longas, já que os investidores buscarão outras formas de proteção. Além disso, destacou que o câmbio flutuante atua como um amortecedor para o país, aproveitando suas grandes reservas em dólar: quando o dólar se valoriza, a dívida líquida do país diminui.

Atualizado em: 22.04.2024